quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O fim de um Universo

O que se sente quando atravessamos um universo para um plano inferior?

Quando a luz te alcança tu sente um formigamento geral no corpo todo e começa a sentir uma sensação de que está caindo, aquela sensação que se tem quando está caindo em sonhos

Vê toda a estrutua à tua volta ficar cada vez maior e cada vez mais grotesca e deformada, como se tivesse sendo esticada para todos os lados, mas não ao mesmo tempo, e tu começa e sentir que a névoa é mais densa e começa a ver as milhões de gotas de água em vapor suspensas no ar
começa a sentir a água em que tu estava se afogando mais estável, como se fosse uma gelatina e começa a perceber que o lago está ficando maior e mais grudento

As coisas estão sendo esticadas e você vai notando agora os pequenos grãos de sal flutuando na água e enquanto tudo cresce ainda mais ao seu redor você percebe que as coisas
começam a ficar disformes

Percebe, que a estrutura molecular das coisas está cada vez mais presente, consegue definir bem cada molécula de água como se você pudesse separá-las com as mãos, mas não consegue porque fica tudo cada vez maior e cada vez mais disforme, você tem conciência que está tão minúscula que não se afogaria mais em um lago, porque não existe mais água, existem apenas as moléculas e átomos e neutrinos

Até que você conhece a menor porcção da matéria e começa a cair pelos espaços entre essas matérias, e vai caindo eternamente

Uma queda que para você dura o tempo necessário até que o universo acabe. Então o seu univeso agora acaba e outro universo completamente novo está sendo formado a partir de você

Você sente que agora o universo é totalmente seu e totalmente novo mas ainda está caindo, caindo para uma infinidade de espaço cósmico cada vez maior

Os planetas que agora te rodeiam estão cada vêz mais nítidos e esse universo inteiramente novo é formado a partir de você e está se espandindo cada vez mais e cada vez mais rápido

Até que um único planeta consegue te segurar como se essa fosse a sua casa, sua morada, e esse planeta vai crescendo ao seu redor e as montanhas e lagos e árvores vão tomando forma e tudo vai ficando cada vez mais proporcional ao seu tamanho

Quando você acaba de cair e acaba de presenciar o fim de um universo e a criação de outro está perfeitamente sentada em uma terra quente e só vê areia para todos os lados.. mas isso depende muito de onde você tenha chegado...

domingo, 26 de dezembro de 2010

Porque estamos aqui?

Bom, eu os reuni aqui para dizer algumas coisas sobre o que anda acontecendo com o nosso planeta. A verdade é que tudo que eu deveria dizer hoje eu esqueci, mas eu sei porque esqueci. Esqueci porque eu quis, porque eu não suportei o peso da verdade, porque quando essa história foi contada a mim eu realmente não soube como lidar com isso, eu não sei mais o que ela relatava e nem sei porque ainda estou tentando lembrar, só sei que se qualquer um de vocês, meus amigos, tiverem a leve curiosidade de saber o que um dia eu soube, fujam... porque a verdade, a verdadeira história da criação da humanidade como conhecemos, é muito pior do que qualquer verdade que vocês podem vir a conhecer um dia...

eu sinto muito não poder falar mais nada. O que vocês verão agora é um homem perturbado cometer um suicídio...

aqueles que não quiserem ver isso, saiam do local... por favor

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Como mentir bem (por Bucky Bill Johnes)

Aqui no bar eu sempre preciso estar falando alguma inverdade pra alguém, ou simplesmente omitindo fatos relevantes pro xerife Tommy Johnes.

Me serve também quando aquele mensageiro metido vem querer colher informações pra levar pro pessoal do plano de cima... filho da puta chato do caralho...
enfim... vamos às regras

Primeiro de tudo a expressão facial é muito importamte, não pode deixar passar nenhum tipo de pista que aquilo é uma mentira, essa é a pior parte, porque todo mundo tem um tique quando mente, eu levanto os dedões dos pés, todos os três, mas atrás do balcão ninguém nunca vai notar

Segundo, a mentira tem que ser verdadeira... Calma, eu explico. Ela tem que conter partes de verdade, que é para confundir e para uma eventual checagem, por exemplo: Quando Rita Mae vem aqui fazer o que ela faz quando vem aqui eu sempre procuro deixar um dos meus olhos aqui de vigia no bar, e vou comprar mantimentos e bebidas. A verdade é que eu realmente não estava aqui, mas isso não quer dizer que eu não saiba o que ela faz, entendeu?

A terceira parte é a mais legal, você pode usar sua mente pra emitir certas ideias do que é realidade, mesmo que seja uma realidade criada por você, mas tome cuidado, apenas use isso se você realmente souber usar e se a vítima for muito tapada para se deixar levar por essa técnica, eu mesmo só uso em último caso e geralmente nunca funciona tão bem.

Acho que é isso, cara. Aqui estão as chaves, volto em uma semana

Não bagunce as coisas...
Tchau

domingo, 12 de dezembro de 2010

Saber o que quer

Chegando à casa dos Sete Vestors o rapaz parou à porta e pensou por um momento no que realmente queria ali

Poderia pedir ajuda para empurrar seu barco e volta pro mar, mas ele poderia esperar o próximo dilúvio, coisa comum naquelas terras.
Pensou em tentar fazer amigos novos e talvez conquistar um lugar na comunidade, mas lembrou-se que um pirata havia arrancado sua língua e com ela sua capacidade de querer se comunicar oralmente.
Talvez pudesse, então, desenhar o mapa com o qual havia sonhado e esperar que alguém pudesse lhe dizer onde estaria o tesouro, mas daí todos saberiam seu segredo.

Resolveu, por fim depois de 5 dias pensando, entrar na casa somente para encontrá-la vazia...
Resolveu morar ali, tirou uma longa soneca e se afogou no décimo terceiro dilúvio anual.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Como não morrer feliz...

As histórias contadas por Nathaniel Bascus são ruins, mas não são piores do que as contada por Viecas Merlight, que consegue resumir um grandioso conto épico em algumas poucas palavras pouco compreensíveis.

A pior dessas histórias eu mesmo não teria coragem para contar, e nem estômago. Mas eu lembro de uma muito ruim que é exatamente assim.

"Quando Leiscatir chegou à sua casa, ele notou três coisas: Seu rifle havia sido roubado, metade do seu cavalo de guerra estava deitado no chão, e essa metade estava perfeitamente viva e se mexendo, ainda que fosse a metade sem a cabeça.

Leiscatir não teve tempo de notar mais nada, apenas se jogou no chão e provocou em si mesmo um derrame generalizado"

Agora ninguém realmente sabe se essas histórias são realmente reais...
mas eu espero que não, forasteiro.