quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O fim de um Universo

O que se sente quando atravessamos um universo para um plano inferior?

Quando a luz te alcança tu sente um formigamento geral no corpo todo e começa a sentir uma sensação de que está caindo, aquela sensação que se tem quando está caindo em sonhos

Vê toda a estrutua à tua volta ficar cada vez maior e cada vez mais grotesca e deformada, como se tivesse sendo esticada para todos os lados, mas não ao mesmo tempo, e tu começa e sentir que a névoa é mais densa e começa a ver as milhões de gotas de água em vapor suspensas no ar
começa a sentir a água em que tu estava se afogando mais estável, como se fosse uma gelatina e começa a perceber que o lago está ficando maior e mais grudento

As coisas estão sendo esticadas e você vai notando agora os pequenos grãos de sal flutuando na água e enquanto tudo cresce ainda mais ao seu redor você percebe que as coisas
começam a ficar disformes

Percebe, que a estrutura molecular das coisas está cada vez mais presente, consegue definir bem cada molécula de água como se você pudesse separá-las com as mãos, mas não consegue porque fica tudo cada vez maior e cada vez mais disforme, você tem conciência que está tão minúscula que não se afogaria mais em um lago, porque não existe mais água, existem apenas as moléculas e átomos e neutrinos

Até que você conhece a menor porcção da matéria e começa a cair pelos espaços entre essas matérias, e vai caindo eternamente

Uma queda que para você dura o tempo necessário até que o universo acabe. Então o seu univeso agora acaba e outro universo completamente novo está sendo formado a partir de você

Você sente que agora o universo é totalmente seu e totalmente novo mas ainda está caindo, caindo para uma infinidade de espaço cósmico cada vez maior

Os planetas que agora te rodeiam estão cada vêz mais nítidos e esse universo inteiramente novo é formado a partir de você e está se espandindo cada vez mais e cada vez mais rápido

Até que um único planeta consegue te segurar como se essa fosse a sua casa, sua morada, e esse planeta vai crescendo ao seu redor e as montanhas e lagos e árvores vão tomando forma e tudo vai ficando cada vez mais proporcional ao seu tamanho

Quando você acaba de cair e acaba de presenciar o fim de um universo e a criação de outro está perfeitamente sentada em uma terra quente e só vê areia para todos os lados.. mas isso depende muito de onde você tenha chegado...

domingo, 26 de dezembro de 2010

Porque estamos aqui?

Bom, eu os reuni aqui para dizer algumas coisas sobre o que anda acontecendo com o nosso planeta. A verdade é que tudo que eu deveria dizer hoje eu esqueci, mas eu sei porque esqueci. Esqueci porque eu quis, porque eu não suportei o peso da verdade, porque quando essa história foi contada a mim eu realmente não soube como lidar com isso, eu não sei mais o que ela relatava e nem sei porque ainda estou tentando lembrar, só sei que se qualquer um de vocês, meus amigos, tiverem a leve curiosidade de saber o que um dia eu soube, fujam... porque a verdade, a verdadeira história da criação da humanidade como conhecemos, é muito pior do que qualquer verdade que vocês podem vir a conhecer um dia...

eu sinto muito não poder falar mais nada. O que vocês verão agora é um homem perturbado cometer um suicídio...

aqueles que não quiserem ver isso, saiam do local... por favor

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Como mentir bem (por Bucky Bill Johnes)

Aqui no bar eu sempre preciso estar falando alguma inverdade pra alguém, ou simplesmente omitindo fatos relevantes pro xerife Tommy Johnes.

Me serve também quando aquele mensageiro metido vem querer colher informações pra levar pro pessoal do plano de cima... filho da puta chato do caralho...
enfim... vamos às regras

Primeiro de tudo a expressão facial é muito importamte, não pode deixar passar nenhum tipo de pista que aquilo é uma mentira, essa é a pior parte, porque todo mundo tem um tique quando mente, eu levanto os dedões dos pés, todos os três, mas atrás do balcão ninguém nunca vai notar

Segundo, a mentira tem que ser verdadeira... Calma, eu explico. Ela tem que conter partes de verdade, que é para confundir e para uma eventual checagem, por exemplo: Quando Rita Mae vem aqui fazer o que ela faz quando vem aqui eu sempre procuro deixar um dos meus olhos aqui de vigia no bar, e vou comprar mantimentos e bebidas. A verdade é que eu realmente não estava aqui, mas isso não quer dizer que eu não saiba o que ela faz, entendeu?

A terceira parte é a mais legal, você pode usar sua mente pra emitir certas ideias do que é realidade, mesmo que seja uma realidade criada por você, mas tome cuidado, apenas use isso se você realmente souber usar e se a vítima for muito tapada para se deixar levar por essa técnica, eu mesmo só uso em último caso e geralmente nunca funciona tão bem.

Acho que é isso, cara. Aqui estão as chaves, volto em uma semana

Não bagunce as coisas...
Tchau

domingo, 12 de dezembro de 2010

Saber o que quer

Chegando à casa dos Sete Vestors o rapaz parou à porta e pensou por um momento no que realmente queria ali

Poderia pedir ajuda para empurrar seu barco e volta pro mar, mas ele poderia esperar o próximo dilúvio, coisa comum naquelas terras.
Pensou em tentar fazer amigos novos e talvez conquistar um lugar na comunidade, mas lembrou-se que um pirata havia arrancado sua língua e com ela sua capacidade de querer se comunicar oralmente.
Talvez pudesse, então, desenhar o mapa com o qual havia sonhado e esperar que alguém pudesse lhe dizer onde estaria o tesouro, mas daí todos saberiam seu segredo.

Resolveu, por fim depois de 5 dias pensando, entrar na casa somente para encontrá-la vazia...
Resolveu morar ali, tirou uma longa soneca e se afogou no décimo terceiro dilúvio anual.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Como não morrer feliz...

As histórias contadas por Nathaniel Bascus são ruins, mas não são piores do que as contada por Viecas Merlight, que consegue resumir um grandioso conto épico em algumas poucas palavras pouco compreensíveis.

A pior dessas histórias eu mesmo não teria coragem para contar, e nem estômago. Mas eu lembro de uma muito ruim que é exatamente assim.

"Quando Leiscatir chegou à sua casa, ele notou três coisas: Seu rifle havia sido roubado, metade do seu cavalo de guerra estava deitado no chão, e essa metade estava perfeitamente viva e se mexendo, ainda que fosse a metade sem a cabeça.

Leiscatir não teve tempo de notar mais nada, apenas se jogou no chão e provocou em si mesmo um derrame generalizado"

Agora ninguém realmente sabe se essas histórias são realmente reais...
mas eu espero que não, forasteiro.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

E-mail...

From: Nathaniel Bascus
To: Ferleseu Dantrex

Encontrei nos cofins do microverso um antigo texto escrito à mão pelo Imperador Galdrick Mearid. O texto foi encontrado junto ao corpo do filho Gorlack Mearid que na época trabalhava de mensageiro especial entre os povos dos planos diversos, igual eu. Ainda não sei ao certo mas acredito que o texto tenha sido endereçado à Presidenta Erlaila Skatrivüx, que chefia o Estado de Golai, aqui no Macroverso.

bom, segue em anexo aí o texto...

"Adoro quase tudo o que ela me faz. Me deixa imaginar que sou especial e me traz aquela paz que não encontro nem naquela que está ao meu lado. Me dá uma atenção completa e sem julgar nada do que digo, me escuta e fica comigo, sem dizer uma palavra. Adoro que sempre esteja me animando, dizendo que nada é tão sério e que tudo é passageiro. Mas, acima de tudo, gosto muito mais dos segredos que ela me esconde, e que diz que são bobagens, gosto adminto, porque deles eu vivo com minha cabeça fervilhando, as possibilidades são infinitas. É a maneira que ela tem de me fazer pensar cada vez mais nela, e cada vez menos em mim mesmo."

qualquer coisa é só me retornar o e-mail... seja rápido porque eu vou voltar por microverso em duas semanas...

Atenciosamente: Nathaniel Bascus

domingo, 7 de novembro de 2010

Hodrick Sentler - Prefácio

Iniciando uma grande história em capítulos, publicados exporadicamente e narrados de uma maneira diferente da usual


Em um planeta que não é o seu, em um universo que não se conhece, em uma cultura há muito esquecida, alguém pode mudar o rumo de sua própria história por pura curiosidade. Alguém pode caminhar sem ter pra onde ir e descobrir que o mundo é mais vasto do que os campos de trigo que o cercava, e pode deixar de existir a crença em coisas maiores.

Essa é uma história da aventura de Hodrick Sentler, que bateu pernas até encontrar sua verdade, até encontrar seu sonho, até encontrar seu amor, até encontrar sua morte.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Rose Ann Rott


(Relatado por Nathaniel Bascus)




Conheci Rose Ann por intermédio de um grande amigo que na época jogava poker comigo uma vez por semana, o cara era genial. Mas a história dele eu contarei depois. Só preciso dizer que na época queriamos montar um grupo de aviadores para cruzar os perímetros de Logha Nettar sem sermos confundidos com os Esmares Perdidos que costumavam voar por aquelas bandas.

Darkhan me apresentou Rose Ann por uma teleconferência depois de uma noitada no bar Scarpk, eu não dei muita atenção à garota de cabelos rosado e bonitinho, em parte porque estava bebado, em parte porque ela não me pareceu grande coisa, mas Darkhan me assegurou que ela seria perfeita para liderar o grupo.

A ideia do grupo de aviadores nunca seguiu em frente e acabamos esquecendo a iniciativa, assim como esquecemos as noitadas de poker, cada um seguiu seu caminho, Darkhan tornou-se instrutor de Vôo e eu segui com minha carreira de Mensageiro.

Alguns anos depois descobri, entre minhas gavetas de aparelhagens velhas, um antigo telecomunicador com uma última chamada gravada nele, resolvi ligar apenas por curiosidade e me surpreendi ao ver uma tonalidade de rosa que ha muito não via.

Rose Ann estava lá, com uma expressão doce e interrogativa à minha reação de surpesa. Resolvi, depois de algum tempo, falar alguma coisa, mas nada me pareceu muito interessante depois que saiu da minha boca. Ela riu, um daqueles sorrisos acolhedores que raramente se vê nessas redondezas e respondeu minha pergunta: "vou bem... e você?"

(...)

Ultimamente tenho visto Rose Ann sempre que posso, quando tenho alguma entrega perto do quadrante onde ela estuda a cultura do povo Esmar. Sempre tomamos algo e conversamos despreocupadamente em uma lanchonete perto do núcleo educativo que ela frequenta.

Essa amizade que se desenvolveu em tão pouco tempo parece ser bem improvável, duas pesosas diferentes, com costumes diferentes, tecnicamente não conseguem se entender tão bem. Mas essa é uma das características dessa garota, quebrar todo e qualquer paradigma que eu tenho formado sobre o mundo e sobre o universo. Certamente essa amizade vai durar um bom tempo. Assim espero.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Na mesa do bar...

(Relatado por Bucky Bill Johnes)

(...) eu vou logo contar o que aconteceu de interessante naquele dia, o resto foi besteira.

Uma garota, Ritta Mae, sempre faz esse tipo de coisa no meu bar.

Naquele dia em questão ela entrou mancando da perna direita, sentou na ponta do balcão, como sempre faz, pediu o de sempre e ficou se abanando com o chapéu de cawboy que herdara do pai. Servi a ela 4 doses de tequila, ela tomou três e usou a última dose pra desinfectar o ferimento.

Ficou olhando os homens no poker com aquela cara sardenta e os cabelos vermelhos voando a cada movimento do chapéu, abriu 3 botões da camisa deixando praticamente tudo à mostra, se despiu das armas que carregava e deixou no balcão.

Os homens daqui pouco dão atenção à ela, sabem que é perigosa e a fama de Viuva Negra assusta até quem não a conhece, mas nesse dia Ritta estava arrasando com seu decote improvisado e ainda que estivesse mancando andava com sensualidade.

Ela andou um pouco pelo bar, olhando um e outro com aquele ar sedutor, eu já havia visto isso inumeras vezes, era realmente tentador, se eu não tivesse sido castrado na Guerra Macroversiana eu até me excitaria bastante...

O forateiro, não vou lembrar o nome agora, que estava sentado ali no canto, perto do piano, parecia estar apreciando o espetáculo, ele repousou sua bengala preta na mesa, tirou as luvas brancas e a cartola longa e foi para o piano. Sem que ninguém desse permissão ele começou a tocar uma música animada mas com um ar provocador que se misturou ao cheiro da fumaça e ao perfume de Ritta.

O resto você já deve imaginar, ela se despiu lentamente, ele fez o mesmo ainda enquanto tocava piano, eles usaram o bar inteiro, e agora eu vou ter que limpar tudo...

Os outros caras no bar? Como morreram? eu não sei... eu sempre saio pra comprar bebidas e deixo ela tomando conta do bar... sei que não é muito seguro, mas.. o que eu posso fazer? Quem te contaria essa história se eu tivesse ficado?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Tantaricomilco

(Poema escrito por Dakhalu Mendes)

[Dakhalu discorre em poesia sobre o dia em que chegou de viagem à terra dos Esmares Perdidos, famosos por seu artesanato e seu bom gosto, literalmente]

Sentei-me antes que o sol fosse se deitar
Te vi, ao longe, silhueta fina e bela
Pendurada pelos pés na corda Esmar
Eu mirando com meu rifle da janela

Dos cabelos escorrendo sangue ia
Na tijela que o colhe quase seco
O café de anteontem quase esfria
Foi passado pelo filho teu, Menêco

Do teu filho fiz a torta semanal
E a cabeça agora orna meu jardim
Da minha boca aquele berro gutural
Satisfação fez o dia vir ao fim

Já na cama ouço a voz, o teu sinal
Teu odor quase me banha de prazer
Já é noite, já no fim no dia tal
E amanhã eu não sei o que fazer.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Em Casa...

(Começando uma nova série ambientada em uma crônica escrita por mim mesmo chamada de "Criação")

Relatado por Santiago Martinez

Aquele sentimento de estar em casa finalmente me bateu na alma assim que pisei no carpete escrito bem vindo que minha esposa comprara pra celebrar minha primeira visita depois de 4 anos no Exército Sulista Ambulante. Depois de 45 anos de serviço finalmente voltei para casa e ficaria aqui pra sempre.

Antes de entrar verifiquei a caixa de correio, nada. Segui para a porta, entrei em casa e senti o cheiro de café fresquinho. Na cozinha Susana estava sentada à mesa com seus livros de ficção científica do Continente Antigo, e minha esposa Maria passava um café para elas.

Sentei-me, acendi um cigarro matuto e tirei minha botas ainda sujas se sangue seco. Alguns minutos depois um carro parou em frente à minha casa, pela janela via-se um grande furgão preto com emblemas do ESA. Maria andou sem pressa para à porta, limpando as mãos no avental, Susana ajeitou o óculos no rosto e ficou encarando a porta.

Um funcionario do governo, muito bem vestido e educado, entregou uma carta à Maria, mas minha mulher não consegueria ler qualquer notícia ruim sobre a Guerra Entre as Divindades, então o oficial se prontificou em ler, muito gentil da parte dele.

Como eu não queria ver o que tinham escrito sobre mim subi e tomei um banho enquanto ouvia os gritos e choros do andar de baixo, era de cortar o coração, mas como eu já havia perdido o meu não me importei muito.

Levou quase 200 anos para que eu retomasse minha forma física inteiramente, malditos Necromantes Celtas. Nesse tempo minha família já havia sido extinta, Susana me deu três netos homens mas nenhum deles conseguiu seguir com a estirpe. João morreu na Terceira Grande Guerra, Alberto morreu na Cadeia de Arthanunes e Damião não podia gerar filhos, pobrezinho.

Acho que foi por isso que resolvi me matar e terminar com essa maldição celta de ser eterno, chato pra caralho...
só não sei se vai funcionar... mas nessa altura da minha terceira vida, depois de já ter perdido 2 famílias, pra mim tanto faz...

domingo, 23 de maio de 2010

Nostalgia

(Relatado por Alex Budinsky)


Ela me volta depois de quatro anos sumida trazendo uma rosa mordida no caule e falando do passado. O que ela deseja de mim se não voltar a me sugar a vontade de estar com o mundo e querer ficar apenas com ela?

Agora sou outro homem, mas ela busca resgatar da minha nova fase aquela velha imaturidade libidinosa com a qual se divertiu e se fartou durante tanto tempo. Essa vampiresca descrição de Artemise não é justa com sua beleza agenlical, aliás, se não fossem seus grandes olhos azuis e penetrantes eu jamais teria aberto a porta pra ela.

Não haveria pecado, nem traição, não deixaria seu cheiro no meu apartamento, na cama de meus filhos, nem no sofá da sala. Não despertaria a curiosidade dos vizinhos, não permitiria segredos com a doméstica, não me faria ser um homem miserável, e não me deixaria tão exacerbado a ponto de propor uma fuga.

Que fuga? Fugir é com ela mesmo, mas seu karma nômade não me permite acompanhá-la, além do mais minha família precisa de mim, e eu preciso de Artemise, e vou continuar precisando nos próximos anos, até que ela reapareça na minha porta, me consuma do seu jeito e deixe uma rosa murchando na minha gaveta de cuecas.

Vale a pena esperar, não é pelo sexo, nem pela aventura... é pela nostalgia.

sábado, 24 de abril de 2010

The Twilight Zone - Rush

The Twilight Zone
A Zona do Crepúsculo


A pleasant faced man steps up to greet you
Um homem de rosto amável caminha para te cumprimentar

He smiles and says he's pleased to meet you
Ele sorri e diz que é um prazer te conhecer

Beneath his hat the strangeness lies
Sob seu chapéu a estranheza existe

Take it off, he's got three eyes
Tire-o, ele tem três olhos

Truth is false and logic lost
Verdade é falsa e a lógica, perdida

Now the fourth dimension is crossed...
Agora a quarta dimensão é cruzada

You have entered the Twilight Zone
Você entrou na Zona do Crepúsculo

Beyond this world strange things are known
Além deste mundo coisas estranhas são conhecidas

Use the key, unlock the door
Use a chave, destranque a porta

See what your fate might have in store...
Veja o que seu destino pode ter guardado

Come explore your dreams' creation
Venha explorar a criação dos seus sonhos

Enter this world of imagination...
Entre neste mundo de imaginação

You wake up lost in an empty town
Acordar perdido em uma cidade vazia

Wondering why no one else is around
Pensando por que não há alguém ao redor

Look up to see a giant boy
Olhe para cima para ver um garoto gigante

You've just become his brand new toy
Você acabou de tornar-se seu mais novo brinquedo

No escape, no place to hide
Sem escapatória, nenhum lugar para se esconder

Here where time and space collide
Aqui aonde Tempo e Espaço colidem

You have entered the Twilight Zone
Você entrou na Zona do Crepúsculo

Beyond this world strange things are known
Além deste mundo coisas estranhas são conhecidas

Use the key, unlock the door
Use a chave, destranque a porta

See what your fate might have in store...
Veja o que seu destino pode ter guardado

Come explore your dreams' creation
Venha explorar a criação dos seus sonhos

Enter this world of imagination...
Entre neste mundo de imaginação

sexta-feira, 23 de abril de 2010

(Relatado por Adriano Salgueiro)

Eu entrei de fininho em casa, coloquei as coisas na mesa sem fazer barulho. Liguei a televisão no mudo e tirei o terno e a camisa, me deitei no sofá e fechei o olho para fingir que dormia, mas ela não veio... esperei por quase 10 minutos antes de realmente adormecer.

Acordei sentindo um cheiro desagradável de comida estragada, ainda meio tonto e nauseado pelo odor fui à cozinha e percebi que havia restos de comida envelhecida no fogão, joguei tudo no lixo e fui ao quarto saber como estava minha esposa.

O quarto estava meio diferente, os móveis em outras posições e uma foto estranha no criado mudo retratava minha sogra com um cara que nunca havia visto. Muito estranho.

Fui andando pela casa, e tudo me parecia diferente, a cor das paredes e a mesa da sala de jantar, o sofá era maior e mais novo, e por toda parte eu via as fotos de uma família grande e feliz, até perceber com um horror externado em tosses sufocadas que aquelas fotos eram da minha própria família, ou da família que eu teria no futuro.

Eu também custei a entender o que acontecia, mas em algum momento após o meu sono eu devo ter sido transportado para algum tipo de universo paralero ou algo assim... não tem mesmo explicação lógica.

Andando pela casa, consternado pelos fatos e chorando uma amargura profunda quase não consegui ouvir que a porta da frente estava se abrindo, ainda com o velho rangido seco, corri para o quarto debaixo da escada e fechei a porta à chave, tateando na parede o interruptor consigo acendar a luz e ver de onde o mal cheiro estava vindo.

Abaixo da escada estava empilhado seis carcaças de cachorros mortos e em putrefação. Engoli o medo com sabor de larvas vivas, sufoquei o grito de pânico e entre as batidas do meu coração consegui ouvir uma voz velha perguntar quem havia limpado a louça.

Eu poderia sair dali naquela hora e acabar com o sofrimento, tentar explicar o que havia acontecido e fingir que não haiva visto os cahorros, mas antes que pudesse tomar qualquer ação as carcaças mortas mexiam-se em uma sincronia assutadora, cara parte mutilada dos corpos caninos movia-se simultaneamente para o mesmo lado, e as larvas subiam e desciam acompanhando a respiração dos animais.

Jé todos de pé, formando o batalhão macabro, os cães me olhavam com desejo de morte e fome de carne humana, se o inferno se abrisse naquele momento revelando seus segredos eu ficaria menos assustado... enfim, sem saída, entreguei-me ao meu destino.

A primeira mordida foi a que mais doeu, estraçalhando silenciosamente minhas cordas vocais e me impedindo de gritar durante toda a mutiliação, demorei para morrer e espero que o próximo que vier demore também... e que seja eu a dar a primeira mordida.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Autor Desconhecido...

já faz um tempo que as pessoas passam por mim e me tocam involuntariamente a alma fazendo cair pedaços de lama do meu coração, lama essa proveniente da rocha pura e de lágrimas que me cozinham em banho maria eterno...



sofrer não é mais uma opção válida... é mais proveitoso escorrer sangue dos poros e de feridas abertas em batalhas utópicas do que derramar lágrimas que não serão utilizadas e nem mudarão a estrutura grotesca do passado



o peso de mil almas mortas em guerras imaginarias pesa tanto quanto as almas de guerras reais, só que é menos doloroso matar pessoas reais do que matar uma em sua mente a vê-la a todo instante, todo dia...



a guerra interna contra a lembrança de tempos felizes é dolorosa, mas mesmo assim é divertida o suficente para que entremos em campo todos os dias...



já faz um tempo que as pessoas passam por mim e me tocam involuntariamente a alma fazendo cair pedaços de lama do meu coração, mas essas pessoas então mortas e essa lama é o sangue que escorre das feridas abertas...



o que mais dói é sentir que a dor é imaginária...

o que mais mata é saber que a morte é ineficaz...

Odeio Vestibular

Breves Palavrinhas...
Hoje estou muito doente, febre, dor no corpo e tudo mais, e só consigo pensar nas amaizades que eu perdi por causa do tal vestibular... e as que foram fortalecidas também... na verdade isso é para um pessoinha acolá que fez vestibular pro outro lado do país e me abandonou... bom... ainda considero ela pra caralho mas me chateei um pouco... foda-se


EU ODEIO A PORRA DO VESTIBULAR!!!

eu odeio o vestibular

não podemos ficar com nossos amigos mais adorados porque eles estudam para passar, e nós, vagabundos gamers, não

odeio vestibular...

nossos amigos mais queridos prometem que tudo melhora depois dele, e nós, vagabundos patetas, acreditamos...


odeio vestibular...


nossos mais amados amigos adquirem novas amizades e fortalecem as velhas, e nós, nerds gamers vagabundos, somos deixado de lado

Odeio Vestibular...

mais até que me sinto bem, porque nossos amigos mais amados se deram bem, e serão pessoas melhores que a gente... nerds... vagabundos... gamers... patetas... (...)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sexo e Morte (Hellblazer #10)

a preguiça de toma a criatividade...

Monólogo inicial de John Constantine retirado de Hellblazer #10

"Expelido... jogado explosivamente para dentro de um mundo trêmulo, temporário.
Não sou mais do que uma ideia de vida... um entusiasmo frenético de ser, debatendo-se para sobreviver à noite.
Um fragmento egoista de consciência, forçado pela crueldade primitiva a nadar num espaço ansioso.
Correndo para vencer... Para viver. Apesar de que com minha vitória, meus irmãos são condenados aos milhares, sacrificados para a chance da minha sobrevivência.
... meu direito de construir o futuro à minha semelhança.
O prêmio no jogo de azar da evolução.

Assim no céu como na terra.
Não há bondade ou maldade neste lugar.
Não há culpa.
A única obrigação da vida é sobrevivência. Somos todos deuses ou demônios... exercendo a energia da vontade para espremer a criatividade anárquica da natureza à nossa imagem.
Monumentos rígidos, memoriais à pobreza das nossas imaginações.
Então nadem. Abracem o pensamento. Pensem.
Pensem no que são... no que gostariam de ser.

Construa seu futuro. Dê à realidade uma forma agradável.
Vá... mas saiba que todo mundo está sujeito às regras arbitrária de Sexo e Morte."

terça-feira, 23 de março de 2010

Complicando o Relacionamento

(Relatado por Samantha Sales)

Amanhã eu faço 2 anos de namoro com a Carlinha, mas hoje faz 3 meses que estou saindo com o Paulo, o ex dela. Eu não entendia como ela conseguia ser bi, sei lá, eu achava tão nojento ser tocada por um garoto, até conhecer o Paulo numa boate...

- Ei mina, você fica deliciosa com essa blusinha.
- Cai fora babaca, eu sou lésbica.
- Tem problema não, eu adoro chupar...

Putz, a maneira com que ele falou aquilo me deixou toda molhada, puta lábia do caralho, naquela mesma noite ele me chupo no banheiro feminono da Orbita.. nossa senhora só de lembrar me arrepio toda.
A gente trocou telefone e no dia seguinte ele me ligou dizendo que meu gosto ainda tava na boca dele e que ele queria mais, puta merda, o cara ligou no dia seguinte!!!

Eu fui na casa dele e pela primeira vez eu soube o que é ser penetrada, dói no começo mas é incrivel no final. Enquanto a gente dava a terceira no sofá eu percebi na mesa da cozinha um album de fotos, mas fiquei calada, não ia atrapalhar aquele momento.

Quando a gente finalmente parou e ele foi tomar abanho eu fui ver as fotos, sabe como é curiosidade né? Então... as fotos eram quase todas da Carlinha em posições diversar com roupas diversas e algumas sem roupa. Deliciosa.

A Carlinha tem uma beleza tímida e pura, mas só fisicamente, aqueles grandes olhos verdes já me olharam de uma maneira muito safada quando estvam entre as minhas pernas. De santa ela não tem nada, e isso nem é só uma frase clihê, é a realidade.

Na semana seguinte o Paulo me mostrou o que era sexo anal, e ainda que doesse bastante foi muito prazeroso, ele sabia fazer a coisa funcionar perfeitamente. Tenho pena da Carlinha por ter largado esse cara, ou será que foi ele quem a largou? Eu precisava saber disso.
Liguei pra Carlinha no dia seguinte e perguntei pra ela sobre o ex, sem abrir o jogo, pergunta de namorada ciumenta e curiosa. Ela falou que ele tinha deixado ela porque tava afim de outra, seria eu?
Já passa da meia noite, hoje eu faço dois anos de namoro com a Carlinha, e enquanto escrevo isso o Paulo tá na minha cama, eu ouço o som do sexo vindo do quarto...
Eu sempre soube que a Carlinha não era tão lésbica assim...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Como tudo aconteceu

(Relatado por Rodrigo Bowman)
Perto do fim do ano conheci uma dona do trabalho, lá do terceiro andar. Eu sempre esperava ela na portaria do prédio pra subirmos no mesmo elevador, eu nem falava nada, só ficava olhando aquela bundinha gostosa quando ela descia, era um arraso e não era só eu quem olhava, o Juarez também ficava de olho enquanto rodava a aliança no dedo, safado.

Deve ter demorado um ano pra eu descobrir o nome dela, tem um cigarro aí?... beleza. Sandra Dias. Vou descrever ela, sente do drama.

Ruiva, mas não aquela ruiva laranja, ruiva vermelho mesmo, bem escuro, quase vinho. Ela é um pouco mais baixa que eu, deve ter um 1,75m, pele bem branquinha, cara, sardentinha, toda bem distribuída. Eu descobri com a Renata do RP que ela faz academia toda noite depois do expediente. A Renata também é mó gostosa, mas depois eu conto isso...

onde eu tava?... siim... é verdade...
A Sandra tava dando mó bola pro Ricardo, irmão da Renata do RP, mas aí ela meio que se engraçou comigo e a gente começou a sair, primeiro como amigos depois a gente ficou. Beleza
o Ricardo parece que ficou sabendo disso e ficou puto... começou a mandar e-mail pra mim com ameaças e tudo mais, aí eu peguei ar. Marquei com ele em frente a Praça Portugal pra gente conversar e resolver o lance numa boa, eu não tinha culpa da Sandrinha me escolher, né verdade?

Pois é, o cara me sacaneou e chegou lá com uma galera estranha, até aí beleza, local público, ele não faria nada em um espaço aberto.

A gente conversou na maior, tomamos uns gorós e até rimos um pouco, os amigos dele eram meio trancados e passavam o tempo todo andando pelo local, daí ele falou: "Cara, foi mal aquela merda lá dos e-mails e tal, eu vou te recompensar por isso, ó, convidei umas gatas pra ir lá em casa hoje a gente fazer um festinha que tal? tu tá só ficando com a Sandra, não é nada sério ainda." eu topei.

Quando a gente entrou na casa dele eu vi que tava tudo vermelho e umas velas vermelhas no chão, mó clima de sexo e tal, até estranhei porque não vi mina alguma, mas ele falou que elas chegariam logo, eu sentei no sofá e senti um cheiro meio podre... no carpete tinha uma mancha vermelha... "isso é sangue?"

antes que ele podesse responder eu senti algo cortando minha garganta.



A pior parte é você se ver sendo esquartejado e seus órgaos sendo ingeridos por pessoas, é mais pelo nojo do que pelo medo, e foi assim que eu morri. Meio bobo, não acha?